O mês de junho é conhecido mundialmente como o período de conscientização sobre o ceratocone, uma doença que provoca o afinamento da córnea e compromete a visão. Apesar de rara, é considerado um problema grave e que pode levar à cegueira. Diferentemente de muitas doenças oftalmológicas, o ceratocone surge ainda nas primeiras fases da vida. Silencioso, ele provoca o afinamento da córnea, fazendo com que ela assuma o formato de um cone.
Segundo o Ministério da Saúde, são identificados cerca de 150 mil casos por ano no Brasil. Por ter origem genética e hereditária, não existem maneiras de prevenir seu surgimento, mas é possível controlar sua evolução.
“Este problema pode ser inicialmente confundido com várias outras alterações no olho, como astigmatismo. Outro aspecto bastante comum é o paciente apresentar coceira nos olhos”, explica a oftalmologista Juliana Freitas, coordenadora do Departamento de Córnea do D’Olhos Hospital Dia.
A profissional esclarece que, na maioria dos casos, os primeiros sintomas costumam surgir entre os 15 e 25 anos.
Entre os principais sintomas estão a perda progressiva da visão; sensibilidade à luz; comprometimento da visão noturna e visão dupla.
O diagnóstico é feito através do exame de tomografia corneana. “Nos estágios iniciais, a doença pode ser corrigida com óculos. Depois, passam a ser necessárias novas técnicas, como a lente corretiva dura ou o anel intracorneano”, afirma.
Atualmente, existem diferentes técnicas de tratamento para a correção do problema e que garantem maior comodidade ao paciente. Nos casos mais agressivos, que afetam 25% dos enfermos, pode ser necessário o transplante de córnea.
Fonte: Diário da Região