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Oftalmopediatria

Oftalmopediatria é o ramo da oftalmologia que procura diagnosticar e tratar uma grande variedade de alterações oculares, que podem se manifestar na criança desde o nascimento, ou mesmo anos após o nascimento.

De acordo com a Sociedade de Pediatria de São Paulo, a consulta da criança deve ser rápida e objetiva, mas sempre que possível a criança é chamada a participar das “brincadeiras” durante os exames oftalmológicos. Nem sempre se consegue fazer um exame completo na primeira consulta, mas é importante estabelecer uma relação de confiança com a criança. Mostrar que a “luz” não dói no dedo da mão antes de colocá-la no olho da criança e principalmente não forçá-la a realizar nenhum exame, são os primeiros passos para se examinar uma criança.

 

Qual a melhor idade para fazer a primeira consulta da criança? A criança precisa estar alfabetizada para ser examinada?

Baseando-se no desenvolvimento visual e crescimento do olho recomendo o primeiro exame oftalmológico com 12 meses de vida e sua repetição a cada 1 ou 2 anos para prevenção da ambliopia.

Exame oftalmológico especializado ainda no berçário é recomendável em recém-nascido prematuro de muito baixo peso (peso ao nascer menor que 1500g e/ ou idade gestacional ao nascer menor que 32 semanas), recém nascido com suspeita de infecção congênita, trauma de parto, Reflexo Vermelho ausente ou suspeito, suspeita de glaucoma congênito entre outras.
Vale a pena lembrar, que o exame externo da face e a pesquisa do Reflexo Vermelho é obrigatória por lei em todo o estado de São Paulo e deve ser realizada pelo pediatra em todo recém nascido antes de sua alta da maternidade. O exame incorporado ao exame do recém nascido permitirá o diagnóstico precoce de patologias como a catarata congênita e o glaucoma congênito que tratados antes do período crítico (primeiros 3 meses de vida) têm resultados muito melhores.

Um exame ao redor dos 3 anos é importante para afastar pequenos estrabismos ou anisometropia. Anisometropia é a condição em que o grau de óculos é muito diferente em cada olho. O olho que tiver maior grau, se não corrigido com lentes, transmitirá ao cérebro uma imagem menos nítida e o desenvolvimento da visão deste olho estará comprometida mesmo não apresentando nenhuma doença. A visão que a criança tiver aos 9 –10 anos, levará para o resto de sua vida, pouco adiantando a oclusão do olho “preguiçoso” após esta idade.

O exame oftalmológico é objetivo. Não é necessário que a criança fale ou leia para se saber o quanto ela enxerga. Calculamos o grau de óculos independente da informação da criança através de auto-refratores computadorizados ou com lentes soltas como nossos avós realizavam a refração.

Nos primeiros meses de vida observamos a reação da criança frente à oclusão dos olhos e seu interesse em seguir objetos. Nos casos em que se quer “medir a visão” ou confirmar algum déficit visual, podemos lançar mão de testes como o Teller ou testes eletrofisiológicos. Para crianças maiores usamos os optotipos de figuras conhecidas ou o “E “, que a criança mimetiza com os dedos da mão, para qual lado os “dedinhos da letra” estão abertos.

O recém nascido que nasceu a termo – no tempo certo – também deve ser examinado?

Devemos examinar os recém nascidos que:

  • As mães tiveram infecções como a rubéola, toxoplasmose, AIDS e citomegalovirose na gravidez.
  • Sofreram trauma de parto.
  • Apresentem olhos vermelhos e ou com secreção purulenta.
  • Apresentem “pupila branca”.
  • Olhos grandes.
  • Olhos que apresentem as córneas opacas.
  • Olhos com lacrimejamento constante.
  • Apresentem fotofobia.
  • Parentes de crianças que tiveram retinoblastoma (tumor das células da retina que pode ter transmissão genética).

O que faz suspeitar que a criança não enxerga bem?

Quando a criança:

  • Queixa-se de cefaléia aos esforços visuais.
  • Apresentar desinteresse por leitura ou ser dispersiva.
  • Aproximar-se dos livros ou da TV.
  • Apresentar lacrimejamento, apertar ou arregalar os olhos para ver melhor.
  • Apresentar “olho torto” ou estrabismo.
  • Apresentar os olhos e ou bordos das pálpebras constantemente vermelhos.
  • Apresentar “caspas” nos cílios.
  • Não enxergar o que se esperaria que enxergasse (ver um objeto distante).

 

Oftalmopediatria - D'Olhos Hospital Dia

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